Rui brincava de futebol com seus amigos, eles jogavam em uma quadra improvisada no terreno
de uma chácara abandonada.
Tinha pouco tempo que Rui se mudou para o bairro, por isso não conhecia
as lendas sobre aquela a casa, até que um dos meninos, cansado da jogar futebol
sentou-se na grama e olhou para casa e teve uma ideia maldosa para Rui.
Rui tinha acabado de fazer um gol, mas como ele tinha chutado com força
a bola foi para longe e naquele campinho improvisado a regra era “chutou forte
vai buscar”.
Os garotos se reuniram junto do menino que estava sentado na grama enquanto
Rui não voltava o menino explicava o plano para os demais.
Rui voltou todo sorridente ate seus amigos, levando a bola toda surrada
ele viu um dos meninos o chamar.
- Rui vem aqui. O menino que o chamava era o mesmo que bolou o plano.
- O que é Thiago, o que você quer comigo? Disse Rui ainda sorrindo.
- Cara, alguém já lhe contou a história desta casa? Thiago olhava
fixamente para Rui.
- não. Falou rui com certa preocupação.
- Rui, dizem que está casa e mal assombrada pelo o espírito do antigo
dono que morreu de infarto durante a noite, ele estava sozinho sem ninguém pra
ouvir seus grito e socorrer. Rui arregalou os olhos como se estivesse na frente
de um fantasma.
- Para de falar lorota Thiago você só quer me assustar!
- Não é lorota e verdade! Exclamou Thiago e logo em seguida alguns
meninos balançando a cabeça no gesto de confirmação.
- Vocês estão mentido. Disse Rui já assustado.
- Rui, se você acha que é mentira vá lá dentro e pegue algumas coisas no
quarto que o velho morreu e traga.
Rui acabou aceitando o desafio, pois ele não queria ficar como um
covarde perante seus amigos, ele foi até a porta da casa, mas ela estava
trancada, Rui viu que seria possível entra pela janela e assim ele fez com a
ajuda de um dos meninos.
Na casa observou que havia móveis cobertos com uns lençóis brancos, o
chão era todo de madeira grande e larga, provavelmente era de pau Brasil. Tinha
uma placa de ferro com bronze onde falava que a casa pertencia à família Ferraz
e que foi construída em 1885.
Rui foi até a escada que era bem grande e seus degraus eram feitos de mármore,
o corrimão era de madeira envernizada.
Quando Rui chegou ao segundo andar ele abriu a porta do banheiro que era
grande e bonito.
Rui observou que havia mais quatro portas ele viu que duas estavam
trancadas a terceira dava acesso ao um quarto vazio.
Quando Rui abriu a quarta porta ele pôde ver o quarto que era grande e
os móveis também estavam cobertos. Ele puxou o lençol de um dos moveis e viu que
era uma penteadeira com espelho, quando olhou no espelho viu o reflexo de
alguma coisa esfumaçada sobre a cama. Ele virou-se e olhou para a cama viu que
não tinha mais nada rapidamente ele pegou um porta jóias que se encontra na
penteadeira e saiu correndo.
Ele desceu as escadas já pensava em sair pela janela, mas alguma coisa
pulava em sua costas que o agarrava com força, assim derrubando no chão, Rui
começou a gritar, pois estava com muito medo.
Quando Rui ouviu a risadas de seus colegas que não paravam de rir, Rui
viu que a coisa que tinha agarrado ele era Thiago, que não parava de gargalha e
falar que ele era medroso.
Rui ficou muito bravo e falou que não tinha graça.
Thiago ainda rindo explicou que a porta da cozinha ficava aberta e que
não havia ninguém que tinha tido infarto naquela casa, e que a casa não era
assombrada coisa nenhuma.
Quando Thiago viu a caixa de joias na mão de Rui ele perguntou onde havia
encontrado aquilo e Rui falou que tinha encontrado no último quarto.
- Como assim? Falou um dos meninos.
- Todas as portas lá em cima são trancadas.
- Calma gente o caseiro deve ter deixado aberto. Explicou Thiago.
- vamos lá ver. Um dos garotos sugeriu.
Rui ainda estava meio receoso com que tinha visto no espelho, mas mesmo
assim decidiu ir até lá com os outros.
Assim eles subirão, os garotos tentaram abrir as portas mais nenhuma se
abria.
- Cara você falou que as portas estavam abertas! Indagou um dos meninos
- Sim. Disse Rui assustado.
Quando os garotos se aproximaram da escada, aquela forma esfumaçada
estava parada, flutuando impedindo os garotos descerem.
A coisa começou a ir em direção dos meninos e uma voz feminina falava me
devolva.
Quando a porta do último quarto se abriu todos os garotos não pensaram
duas vezes e foram direto para o quarto e fechou a porta, aquilo ainda deu
algumas batidas na porta e em seguida o silêncio iniciou-se.
Os garotos estavam assustados questionando-se o que era aquilo, mas alguns
viram a possibilidade de sair pela janela, mas não era possível, pois a mesma tinha
grades.
Um dos garotos ficava gritando que eles iriam morrer, até que outro sacudiu
e o mandou calar a boca e falou que eles não iriam morrer.
Rui olhou para o porta joias na sua mão entendeu que aquilo queria
apenas o porta joias de volta, assim o garotou devolveu aquele objeto para seu
devido lugar, ao fazer isso aquele ser apareceu sobre a cama.
Os garotos tentaram abrir a porta, mas estava fechada aquele ser começou
a tomar forma de uma bela mulher em um vestido branca e seus cabelos eram
escuros e seus olhos verdes claros.
Ela se levantou e foi na direção da penteadeira onde Rui se encontrava e
quando ela chegou lá apontou para o porta joias.
Abra, por favor. Os garotos se silenciaram ao ouvir o pedido daquela coisa.
Rui foi até o objeto e abriu e uma melodia saia dele.
O fantasma daquela mulher passou a mão no rosto de Rui e em seguida
sorriu.
- Obrigada. Falou o fantasma desaparecendo lenta mente.
A porta se abriu e neste momento os meninos não pensaram duas vezes e todos
saíram correndo para fora da casa.
Depois deste dia eles nunca mais quiseram entrar na casa apesar de
jogarem bola no capô improvisado.